ADRIANO
DA SILVA E SILVA
MEMORIAL
SOBRE CRIANÇA/INFÂNCIA
Ao conhecer a história da pedagogia da infância que
traz recorte sobre a criança e a infância e as diversas passagens e
transformações sobre este pensamento, irei trazer um recorte que foi o
surgimento das creches no fim do século XVII, para poder assim iniciar meu
período de ida e contato com a primeira instituição de ensino.
O meu primeiro contato com a instituição escolar, foi
em uma creche, que realmente não irei lembrar o nome e ninguém da família
também não se recordou. Mas foi nessa instituição que iniciou meu primeiro
contato com a educação escolar. Nesse lugar também foi onde ocorreu os meus primeiros ensinamentos do processo de alfabetização inicial, tendo
contato com as primeiras letras, e todo processo de codificação e decodificação
que futuramente foi ampliando nas demais series.
Nessas épocas escolares tive bastante momentos bons, pois eram coisas novas acontecendo. Como também tive os ruins, que eram estes, os momentos de festa de dia dos pais, já que eu não conhecia o meu pai, era algo frustrante e que me deixava triste. Pois, naquela época da minha infância as escolas não tinham a cultura de criar o dia da família, como ocorre atualmente, que pode explicar para as crianças os diferentes tipos de família etc. Então era algo que incomodava, mas, que ao passar dos dias era esquecido e relembrado no mesmo dia e época da comemoração novamente (risos). Enfim, na escola era bastante dedicado e ao mesmo tempo não gostava de me dedicar, a não ser nos momentos do recreio (risos), onde brincávamos livre, diversas brincadeiras como: polícia e ladrão, pega-pega, pipa, futebol e etc. como dizia Rousseau (2004, p119):
Nessas épocas escolares tive bastante momentos bons, pois eram coisas novas acontecendo. Como também tive os ruins, que eram estes, os momentos de festa de dia dos pais, já que eu não conhecia o meu pai, era algo frustrante e que me deixava triste. Pois, naquela época da minha infância as escolas não tinham a cultura de criar o dia da família, como ocorre atualmente, que pode explicar para as crianças os diferentes tipos de família etc. Então era algo que incomodava, mas, que ao passar dos dias era esquecido e relembrado no mesmo dia e época da comemoração novamente (risos). Enfim, na escola era bastante dedicado e ao mesmo tempo não gostava de me dedicar, a não ser nos momentos do recreio (risos), onde brincávamos livre, diversas brincadeiras como: polícia e ladrão, pega-pega, pipa, futebol e etc. como dizia Rousseau (2004, p119):
"Respeitai a
infância e não vos apresseis em julgá-la, quer para bem, quer para mal [...].
Ficais alarmados por vê-las consumir seus primeiros anos sem nada fazer. Como!
Não é nada ser feliz? Não é nada saltar, brincar, correr o dia todo? Em toda a
sua vida, nunca estará tão ocupada".
Bom,
sem dúvidas Rousseau estava correto, pois em toda passagem da minha infância
pude desfrutar destes atos, sem interrupções que frustrassem o meu ser. Até nos
momentos que se tornava necessário fazer algo como o ato de “trabalhar” para
ajudar na casa, não frustrava ou perdia minha infância, pois praticava muito do
“ser criança” como dizem.
A
partir de tudo que foi dito até o momento neste relato, entendo que o papel da
criança na sociedade é de grande importância pelo fato que, este ser, portanto,
pensa, age e produz cultura, dando continuidade da humanidade; dando
prosseguimento ao processo de sociedade em que nós vivemos. Sendo assim,
deve-se ter uma atenção enorme para forma que estamos concebendo ou
compreendendo as crianças. De como estamos a instruindo, e o que estamos
oferecendo a elas, seja na cultura, no falar, no pensar, no agir, em todos
contextos, isto é, como estamos inserindo esses sujeitos na sociedade, se
reconhecemos como atores sociais. Logo posso dizer que, nas crianças dos dias
atuais, vejo muito do meu passado enquanto criança nos processos de
brincadeiras, pois por incrível que pareça, as brincadeiras por mais que os
anos passem, por mais que as gerações vão mudando, as mesmas brincadeiras da
minha infância acontecem nas escolas atuais, como também no meu bairro enquanto
as crianças brincam pela rua é possível identificar várias outras também, claro
que, atualmente surge também novos tipos de brincadeira, mas ainda assim, as brincadeiras
da minha infância, como também das minhas tias, tios, primas etc; ainda é
possível se vivenciar atualmente ao observar outras crianças em contato com o
brincar. Outra coisa que me remete lembranças enquanto criança, que vejo
bastante nas crianças dos dias atuais, é o processo educacional, infelizmente
em sua grande maioria continuarem com as mesmas formas de ensino e as mesmas
precariedades encontradas nelas, dificultando esse acesso a uma educação de
qualidade que é direito de todos e infelizmente após anos e anos não se atingiu
essa tão sonhada qualidade.
Finalizo meu
memorial, ao dizer que, se a sociedade não reconhece a importância que a
criança tem para o processo da construção da sociedade e da cidadania, compreendendo
que ela é um sujeito ativo e que produz diversas culturas e linguagens, e se
não dermos voz para elas, infelizmente, estaremos criando cada vez mais
sujeitos sem harmonia, amor, compaixão etc. Pois, creio que são as crianças
providas da inocência em seus atos, que expressam o mais puro ato do amor
para/com o outro, e isso é algo que está deixando de existir nesta sociedade
líquida. Portanto,
toda criança merece se construir enquanto criança, e viver aproveitando toda
uma infância que é de seu direito humano, para que assim, esta possa ter em sua
memória futura uma infância inesquecível de momentos bons, a qual possa se lembrar
em uma conversa com amigos, ou contando uma história para seus filhos, estes
mesmos filhos que poderão viver ótimas infâncias se aqueles que os criam
reconhece a importância de ser criança e ter direito a uma infância que não as
prive, mas que as oriente no seu ato de si construir enquanto sujeito social.